“E repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele; e, desde aquela hora, o menino sarou. Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: Porque não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá--e há de passar; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” (Mt. 17:18-21).
Lembro-me que há alguns anos uma amiga desmanchou o noivado por conta de “ser sempre a última” na vida do consorte. Trabalho, amigos, estudo, tudo vinha antes dela.
Na época fiquei muito chateada, discordei dessa decisão e disse a ela que na minha opinião as pessoas devem ser livres e que só pelo fato de alguém não se dedicar ao outro o tanto que este gostaria não significa necessariamente que aquele não esteja oferecendo o máximo que pode.
O ditado popular é que “o mundo gira”. Hoje ainda não concordo cem por cento com essa colega, mas convenhamos, quantas vezes em relacionamentos não nos sentimos frustrados por sabermos que o outro não nos oferta “o melhor”?
Aliás, nessa correria moderna e individualista estamos cada vez mais longe de destinar a outrem o máximo de nós. Dia desses estávamos em uma loja e meu pai chegou a comentar “esse rapaz é tão gentil e atencioso que tenho vontade de comprar só em consideração a ele”. O que antes era “obrigação” virou qualidade difícil de ser achada. Fazemos tudo de qualquer forma (especialmente nas relações humanas) e nos orgulhamos de termos conseguido ludibriar a “exigência” alheia.
E com Deus não é diferente. Na semana passada o Senhor me deu o seguinte versículo em profecia, que compartilho aqui:
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: O jejum do quarto, e o jejum do quinto, e o jejum do sétimo, e o jejum do décimo mês será para a casa de Judá gozo, alegria, e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz.” Zacarias 8:19
Sabemos que o jejum é uma forma de humilhação e consagração a Deus. A maioria dos cristãos também está acostumada a jejuar como um modo tradicional e rotineiro de sacrifício a Cristo. Mas há quanto tempo não jejuamos com um propósito, o propósito puro de apreciarmos a companhia e a presença do nosso Deus? Não um jejum que ressalte o quanto somos santarrões e esforçados (Mateus 6:17, Amós 4;5, Lucas 18:10-14), ou que humilhe os que se interpõem em nosso caminho (Isaías 58), mas o jejum santo da alegria da comunhão cristã.
Essa exortação me lembra o hino do Don Moen “Praise looks good on you” (http://letras.terra.com.br/don-moen/1070893/traducao.html), que diz mais ou menos que “mais que um sacrifício, estou buscando a sua vida, santa e aceitável (...) e em tudo o que você faz, lembre-se que tudo o que quero é VOCÊ”.
Na realidade, quando amamos alguém de verdade, nada é sacrifício, nada é pesado. Há quanto tempo não louvamos, nos humilhamos, jejuamos, cultuamos, adoramos e desfrutamos da prioridade, que é –ou, deveria ser - Jesus?
“Não tem sentido falar-se em sacrifícios, quando você vê Jesus morrendo por você na cruz. Não há sacrifícios. Imagine onde estaríamos sem Jesus. Convenhamos, sacrifícios? Onde estaríamos? Na sarjeta.” (Irmão André, tradução livre, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=0KGxJmDcn5c&feature=related, aos 7:38min)
Mês sétimo é de consagração e ALEGRIA!
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