Então disse Jesus
aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo,
tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
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Tenho um amigo que – como eu – aprecia
plantas. Relatava a ele no fim do ano passado que meus mini-crisântemos, a
despeito do excesso de zelo, haviam secado. E que a recomendação tinha sido de
podá-los.
Iniciou-se uma luta psicológica, que
eu então comparava à nossa relutância humana
em “cortar” as lembranças ruins do passado: Definitivamente não queria ver-me
livre dos galhos secos. Mas era preciso, e o fiz. Janeiro desabrochou em novos
ramos e botões.
Procurava hoje um poema para enviar
justamente ao pai desse amigo, e deparei-me com este, de Cecília Meireles:
É preciso não esquecer nada
É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não
fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Fiquei surpresa porque vinha a
calhar com a situação e com o que o apóstolo Paulo diz em Romanos 12:3: “Porque
pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com
moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (grifo meu).
É evidente que o cristão deve
exercitar o auto-conhecimento. Mas agir de forma sistemática como se as nossas
frustrações fossem as mais importantes do universo é tolice. É aprisionamento. É
limitar o poder e o plano divino para nossas vidas.
Compartilho minha oração de hoje, na busca de humildade de espírito. E que haja uma "poda" efetiva em todos nós.
"É necessário que ele cresça e que eu diminua."
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