terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Contra-Censo"

"Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.” (Hebreus 11:24-26)

Sei que esse é um espaço para contar as maravilhas de Deus, não “tristemunhos”, para usar uma expressão jocosa que às vezes empregamos. Porém, novamente, não posso me calar. Hoje veio em casa a recenseadora. Eu já estava instigada mesmo contra esse Censo 2010 por conta do post do sensacional Jairo Marques http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/arch2010-08-01_2010-08-31.html#2010_08-16_01_04_46-129797961-0 falando da falta do levantamento de dados a respeito de pessoas com deficiência.
            Minha mãe atendeu a pessoa, respondeu perguntas sem importância, e ficou boba por não ter sido questionada i) se havia deficientes em casa – e somos DOIS!; ii) qual nosso nível de escolaridade - que raio de “retrato” estão tirando do Brasil?; iii) qual a nossa crença. Sinceramente, acho uma afronta ser irrelevante para o governo saber se nós somos ou não uma (feliz) nação cujo Deus é o Senhor (Salmos 33:12). “Mas o Brasil é um país laico” vociferam alguns. Verdade, e isso quer dizer que não temos uma religião oficial (graças a Deus!), mas não que nossos princípios cristãos não devem influir na atuação dos governantes. Infelizmente, estes últimos têm cada vez mais se afastado do Todo-Poderoso, tentando diminuir a importância que Ele exerce sobre nossas vidas.
            Como se não bastassem os problemas internos que a Igreja – corpo vivo de Cristo – enfrenta, como corrupção, apostasia, profanação, ainda agora temos fatores externos. Conversei esses dias com uma pessoa querida que comentava a possibilidade de usarem posteriormente tais dados (ou a falta deles – afinal, oficialmente quantos são os cristãos no país? Não sabemos!) como embasamento para políticas anti-bíblicas e anti-cristãs. Nessa hora me veio a letra do hino My future decided, do Hillsong United, que diz: “Aren't afraid, aren't ashamed, Lord we know who we are/ We are your people and we won't be silent/ Unified hear us cry at the top of our lungs:/ You are our God and we´ll not be shaken!”.
                        A Bíblia traz a omissão dos poderosos em relação à Palavra de Deus como sinal da volta de Cristo: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mateus 24: 9-14)
            Será que poderemos cantar “Eu confesso na vida e na morte: Precioso pra mim é Jesus” até o dia final? Será que não temos nos calado, como povo de Deus? Será que temos feito a diferença? Será que não temos permitido a mesma indiferença e omissão, que assola os detentores do poder, nos amarrar? Será que não nos temos deixado corromper e subornar? Podem ser indiferentes à nossa existência, podem nos excluir, até nos discriminar, mas continuemos fazendo exalar o bom cheiro de Cristo (2 Coríntios 2:15). Não deixemos o "espírito de Pilatos" apodrar-se de nós, façamos a nossa parte.

“Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 4:6).