domingo, 3 de julho de 2011

Em fervente oração...

“E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciãos.
E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há; Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, E os príncipes se ajuntaram à uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus.
E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (Atos 4)

É comum queixarmo-nos da situação atual da Igreja (corpo vivo de Cristo). Mas para que possamos entender o que nos falta – que havia nos tempos primitivos – basta-nos um pouco de honesta meditação daquela época em comparação à nossa.

Os cristãos antigos estavam acostumados à oração constante. Muito mais que o nosso “Ai, meu Deus!” ou “Misericórdia, Senhor” que soltamos inconsciente e eventualmente em circunstâncias adversas, eles - de forma concreta – oravam e oravam e oravam. Não quero aqui afirmar que o clamor eventual cotidiano não surta efeitos. Diz a Palavra que o Rei Josafá bradou no meio da batalha e foi salvo (2 Crônicas 18:31 ). É óbvio que não há tempo para, em meio a uma guerra, grandes abstrações e aprofundamento espiritual, mas ainda assim o socorro divino foi enviado.
A questão é que a oração fervente e constante estava sempre em primeiro plano na vida da Igreja primitiva. Além de viverem 24 horas entregues a Deus (Gálatas 2:20 ), falavam sempre que possível com Ele. E esta era uma oração unânime, feita de forma completamente voltada ao Reino e à vontade do Senhor.
Note-se que muito embora seja pedida uma providência imediata, baseada nas circunstâncias (“Olha para suas ameaças”), a real intenção ao orar é alcançar-se ousadia suficiente para o Serviço.
A Igreja Primitiva era presa no corpo, e livre no Espírito. A Igreja atual é o contrário: Livre para expressar-se, mas sempre presa espiritualmente ao mundanismo, ao avivamento superficial, aos modismos místicos e ecumênicos.
A Igreja de Cristo era devotada e entregue ao Senhor, até à morte, e clamava por milagres como instrumentos para a conversão alheia. A Igreja atual é apaixonada por si própria e tem nos sinais o fundamento para que sua vontade seja satisfeita. Deus deixa de ser um interlocutor na “comunicação” empreendida (a qual insistimos em chamar oração) e passa a ser um mero garçom ou mordomo, cumpridor dos nossos interesses.
Não é à toa a mediocridade em que mergulhamos. Se tão-somente lembrássemos do Palavra que diz “Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.” (Salmos 37:5)  ou “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33 )
Um dos hinos mais contundentes que conheço a respeito é “What if His people prayed”, do Casting Crowns, baseado na passagem de 2 Crônicas 7:14,  que diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”.. Disponível em http://letras.terra.com.br/casting-crowns/295055/
Vamos voltar às bases, corpo de Jesus?

3 comentários:

  1. Interessantíssimo seu estudo sobre essa tão poderosa ferramenta que é a oração, a igreja esquece da verdadeira comunicação com seu criador, hoje devido ao avanço tecnológico até a igreja foi afetada pessoas se preocupam em tirar fotos a todo momento em cultos para postarem em suas páginas na internet, a comunicação horizontal cresce devido a internet, mas a tão poderosas ferramenta de comunicação com seu criador Oração que nos permite comunicação vertical, perdeu-se o interesse na oração hoje é comum orações curtas (não estou falando que há tempo para oração) com está em Mt 6.7b “como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos” , mas quando temos intimidade com pessoas que gostamos queremos sempre conversar e com o criador? Hoje fui na oração lá na sede mundial oração das 8:00 às 12:00, fui a maioria dos dias desde do inicio dessa campanha, muitas pessoas estavam indo buscar à Deus ,renovo , batismo e os Dons do Espírito Santo, mas o números de pessoas reduziu drasticamente mas como diz em At 2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. Perseverar está aí uma palavra que parece que falta no vocabulário da igreja de hoje. Se fosse um culto de Louvor a igreja estaria lotada bem verdade que em Sl 22.3 “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel”. Vale ressaltar que é entre e não no meio como estamos acostumados a ouvir e em Tm 4.5 “Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada”.
    Deus abençoe continue postando esses estudos que edificam vidas... A Paz

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  2. É verdade, irmão, preguei durante muitos anos na consagração de jovens de sábado de manhã na Conde e entendo o que você quer dizer.
    De qualquer forma a nossa parte tem que ser feita para que uma mudança possa ser realizada

    Continue nessa força!

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  3. 1Jo 2-14b Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
    Se a palavra está em nós e a força jovial que é um diferencial para trabalhar na seara também está conosco já vencemos.

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