sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Como tudo começou (Parte 1 - Versão da Maria)

“Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Romanos 8:28

O versículo acima era meu “lema”, aos catorze anos: vida tranquila, bons amigos, boas notas, bom relacionamento. O que mais um adolescente pode querer? Mas então veio o “tenebroso” Ensino Médio. E as perdas: Colegas, popularidade, segurança emocional, relacionamento, visão, tudo foi embora. A única coisa que ganhei na época foi peso, engordei horrores. E uma “atenção especial” (entenda-se chacota) por parte dos novos colegas. Pela primeira vez na vida fui desrespeitada por um professor, por causa de minha fé.

E foi nesse pequeno deserto gélido que aconteceu o “acidente”: Raspei o pulso na parede do colégio e fiquei parada no corredor, tentando estancar (tenho dificuldade de cicatrização) o sangue. Foi aí que a Anna apareceu e tentou estabelecer o primeiro contato com aquele “ser estranho” que invadira há algumas semanas o “seu” colégio.

 
Não demorou muito, constatamos: Éramos irmãs. Fenotipicamente não temos semelhança alguma. Mas ocultamente nós duas éramos fluentes no ágape, a língua universal dos cristãos*. Gosto da versão King James do Salmo 30, porque traz a parte inicial do versículo 11 como “Thou hast turned for me my mourning into dancing”, e verdadeiramente meu coração desde então dança de alegria na presença do meu Deus, que “me compreendeu sem nehuma explicação”, como diz o velho hino.


Somos melhores amigas há quase dez anos. E até hoje nos lembramos do dia em que Cristo nos atendeu e uniu de uma forma tão inesperada, do qual ainda trago a marca.

Esse é apenas um exemplo de que Deus tem planos para nós. Nós, aqui, somos eu, a Anna, o querido leitor. Ele sabe pelo que passamos. Por mais banal que possa parecer a nossa necessidade, Deus jamais está ocupado em demasia para não nos ajudar. E o mais importante: Ele sempre está no controle. Possivelmente Ele não o livrará de se machucar, tampouco fechará sua ferida, ou removerá sua cicatriz. Mas enviará uma Anna, um anjo ou um escape, certamente. Porque Ele sempre se importa.

Por hoje fico por aqui. Espero que a Anna também dê a versão dela. :D
“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tiago 1:17



*A propósito, recomendo a leitura do livro “O CONTRABANDISTA DE DEUS”, do IRMÃO ANDRÉ, JOHN E ELIZABETH SHERRIL.

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