sábado, 4 de setembro de 2010

Como tudo começou (Parte 2 - Versão da Anna)

“Tu me viste quando os meus ossos estavam sendo feitos, quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, crescendo ali em segredo. Tu me viste antes de eu ter nascido. Os dias que tinham sido criados para mim foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia.”
Salmos 139:15,16


Eu creio que todos os meus passos e atos já estão marcados no Livro de Deus. Ele sabe de tudo o que eu preciso, e sempre preparou tudo para mim. Deus sabia que estava em um momento de fraqueza, numa encruzilhada da vida: continuar seguindo a Deus, ou seguir ao mundo. Desde a minha infância sempre estudei em um colégio cercada de amigos que não compartilhavam da minha fé, não acreditavam no que eu acreditava. A partir do Ensino Fundamental tudo foi ficando mais diferente, foi um período muito difícil da minha vida. Tinha que ficar ouvindo todas as minhas amigas voltarem do fim de semana empolgadas ao contar como tinha sido a balada, a festa que tinham ido, com quantos garotos tinham ficado e tudo mais, e eu no meu canto, sabendo que vivia em uma realidade diferente. Tinha passado o fim de semana inteiro na Igreja, louvando e adorando a Deus. Assim passaram 4 anos de minha vida sabendo que era diferente, começando a achar que o problema talvez fosse comigo. Cheguei ao Ensino Médio e Deus viu que eu precisava de uma Amiga de verdade, uma Amiga que compartilhasse dos mesmos sonhos e esperanças que eu. Da mesma Fé. Uma amiga que entendia a minha crença e possuía a mesma crença que eu. E Deus me concedeu a amizade da Maria Cláudia, uma amigona do coração, que fez com que os três anos do colegial da minha vida fossem inesquecíveis e cheios de bênçãos. Obrigada, Deus, por essa minha querida amiga, e obrigada Maria, por estar sempre do meu lado quando eu precisava desabafar e de conselhos.

A forma como nos conhecemos só pode ser considerada obra de Deus. Ainda me lembro daquele dia como se fosse hoje: na hora do intervalo cruzo pelo corredor com a menina nova da minha sala, percebi que ela tentava secar o pulso com um papel. Ela tinha raspado na parede áspera e o sangue brotava, literalmente, pelos poros, e ainda não queria ir para a enfermaria. Não sei o que deu em mim, mas uma vez só posso dizer que foi a mão de Deus querendo criar essa bela amizade que perdura até hoje. Pois bem, dei uma de teimosa (o que não sou nem um pouco, né, Maria?) e insisti que fossemos à enfermaria. Depois disso virou uma amizade que se fortaleceu ainda mais ao descobrirmos que tínhamos a mesma crença, professávamos a mesma Fé. Desde então são quase 10 anos de amizade, que eu espero possa perdurar até ficarmos velhinhas.

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